quinta-feira, 17 de março de 2011

Marinheiro perdido

Aqui no mar sinto paz
Sozinho navegando, tanto faz
O vento soprando tentando me animar
Onde está minha companhia
Pra nessa vida velejar?
As horas passam e o Sol me queima
Escuto, distante, uma voz que teima
Em me encantar
Enquanto estou a navegar
Pego a garrafa de rum
Canto com ela até ficar bebum
Depois quando percebo
Aquela voz está hipnotizando
Minhas pernas não são mais minhas
Este som está me dominando
E arrasta pro fundo do mar
Penso que tentará me afogar
Vejo agora a mais bela sereia
Me envolvendo em seus braços ela está
Impossível pensar que é má
Pra lá vai me levar, na areia
Ela me beija e abraça com força
Eu derreto em prazer e ilusão
Começo a afogar e não percebo
Vem então, da profundeza, a aflição
Onde está aquele rum que eu bebo?
Acordo de repente e minha cabeça
Como um barco balança com tua respiração
Estou a olhar tua façe admirado
Em teu colo continuo deitado
E que, lá, eu novamente adormeça
Sonhando garrafas de rum e sereias
Um marinheiro perdido na tua canção


Acompanhando uma arte antiga de minha autoria: "Into My Ocean"

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