quinta-feira, 31 de março de 2011

Menino Serelepe Com Segredos

Quando sonho que sonho
contigo, sozinho, contigo

Olha esse menino pidonho
que ainda é só teu amigo


Pego correndo a minha escada
pra espiar por cima do teu muro
fico olhando e fazendo babada
até o céu sem brilho ficar escuro


Você me vê, eu saio disparado
coração na boca e todo assustado
caio da escada e quebro uma perna
Fico ali me sentindo um palerma

Paro calado aguentando a dor

para que tu não saibas
que ela é só de amor

sexta-feira, 25 de março de 2011

Um fado ou uma dança?

Aqui fica tudo parado
Estagnado nesse estado
de pedra sem alma
de coração sem calma

Aqui o tempo se paralisa

Vive-se o que não há
E essa magia se transformará
na dor que vem e não avisa


Aqui se cria o calor
tão indefinido como o amor
Depois queima e arrebenta
tudo aquilo que o alimenta


Aqui se cortam as árvores
que sustentam a alegria
São os sentimentos matadores
que destroem nossa energia

Aqui ainda tenho esperança

de viver aquela linda dança
Fugir da realidade imposta
e esperar que aceite
aquela insana proposta


Aqui, enfim, eu carrego este fado
que o destino deu de bom grado
Carrego comigo ou corro
sozinho e choro naquele morro?

terça-feira, 22 de março de 2011

O tio e o quitute

Te chacoalho para que escute
o tio na cantina vendendo quitute
Ele diz coisas sem nexo, incoerentes
e que quitute faz mal aos dentes


A cantina se abre e todos a correr
sedentos com fome talvez irão morrer
de tanto comer quitute
E isso não se discute


Quitute de carne, de ovo, de queijo
Tem quitute até de beijo
E o tio da cantina garante
Que fez o de beijo bem interessante


O quitute acaba e o povo se mata
Querendo o ultimo, sabor batata
E o tio então fecha a cantina
Pra outro dia voltar à rotina

segunda-feira, 21 de março de 2011

Era meu paraíso!

Sentada na minha árvore
Estava tudo ao meu contento
Todos os dias de tarde
Lembro sempre desse momento
Era tão lindo, tão vibrante
Pra mim foi muito importante
Estar com minhas três amigas
E esquecer de todas as intrigas
Que estão soltas pelo mundo
O tornando algo imundo
Era tão feliz pois eu tinha
Aquelas perfeitas companheiras
Verdejantes num lugar distante
Ficava lá por horas e horas
Balançando naqueles galhos
Sendo soprados pelo vento
Que para a alegria, eram atalhos
E lá bem perto, quase do lado
O mar lindo sempre pronto
Para, por mim, ser adorado
Era praticamente um encontro
Com meu perfeito namorado
Que se chamava paraíso
E ainda está lá me esperando
Era meu paraíso!
E algum dia eu vou voltar
Ganhar no rosto um novo sorriso
Pra isso devagar vou navegando
De volta ao meu paraíso!




sábado, 19 de março de 2011

No topo da colina

Lá no topo da colina
Está o amor que anima
Meu coração pra caminhar
Da estrada até o mar


Lá, na colina distante
Onde o Sol brilha forte
Está a melhor alegria
Que vi numa fotografia


Lá, quero te encontrar
Acordar ao teu lado
e na noite te ninar
como um louco abobado


Lá, perdi meu coração
Para os teus sorrisos 
E estou aqui na solidão
Te esperando pra sempre
Com estes versos concisos


A falta de tudo

Dos meus dedos não nascem versos
Estão travados e encobertos
Por uma rede de pescaria
Que grande porcaria!
Não sai nada, só solidão
Vivo no barco da estupidez
Tentando escrever com sensatez
Coisas que vêm do coração
As vezes eu salto confiante
Tentando manter constante
O que a insanidade me trouxe
Só me resta esperar por você
Nessa noite embriagada
Sem sentido e conturbada
Enquanto isso, eu percebo

Que minha mente me corrói
Tão profundamente me destrói
Tu és nada e também tudo
Fico aqui quieto, mudo
Aparentemente me vejo triste
Quando o contato contigo inexiste
Chega cortando o sentimento da falta
Pois essa lâmina foi bem afiada
Enquanto a Lua lá fora brilhava alta
E sem ti ando triste nessa estrada
A insegurança faz parte dessa dança
Motivada pela arte da mudança
Eu terei que suportar
Até a noite terminar
Espero um novo dia de alegria
Que com você
Irei compartilhar

quinta-feira, 17 de março de 2011

Marinheiro perdido

Aqui no mar sinto paz
Sozinho navegando, tanto faz
O vento soprando tentando me animar
Onde está minha companhia
Pra nessa vida velejar?
As horas passam e o Sol me queima
Escuto, distante, uma voz que teima
Em me encantar
Enquanto estou a navegar
Pego a garrafa de rum
Canto com ela até ficar bebum
Depois quando percebo
Aquela voz está hipnotizando
Minhas pernas não são mais minhas
Este som está me dominando
E arrasta pro fundo do mar
Penso que tentará me afogar
Vejo agora a mais bela sereia
Me envolvendo em seus braços ela está
Impossível pensar que é má
Pra lá vai me levar, na areia
Ela me beija e abraça com força
Eu derreto em prazer e ilusão
Começo a afogar e não percebo
Vem então, da profundeza, a aflição
Onde está aquele rum que eu bebo?
Acordo de repente e minha cabeça
Como um barco balança com tua respiração
Estou a olhar tua façe admirado
Em teu colo continuo deitado
E que, lá, eu novamente adormeça
Sonhando garrafas de rum e sereias
Um marinheiro perdido na tua canção


Acompanhando uma arte antiga de minha autoria: "Into My Ocean"

sexta-feira, 11 de março de 2011

A menina sem censura

Chega perto e suspira
Me possua sem censura
Faz forte essa pegada
Vamos agora, pé na estrada


Gruda em mim e me possua
Já estou esperando nua
Mão firme na minha coxa
Mais, mais, me deixe frouxa


Faz esse fogo queimar
Até explodir essa delícia
Que se consome em malícia
E depois vem me apagar


Rola comigo, me amassa
Se doer, não importa, passa
Não durma depois da ação
Se não perderás teu prêmio
Ele é como quiser tua imaginação

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os sabores da vida

Doce é a imagem que vejo
Mas nada exagerado, enjoado
É um doce bem equilibrado
Que desperta um grande desejo
De grudar aí do teu lado


Azeda é minha vida sem ti
Conturbada e acelerada
Nada como quando senti
Seus lábios, minha amada


Amargura tenho no coração
Estando jogado nessa solidão
Na tua doçura quero me esbaldar
Sorriso belo, simples de amar


Salgada é a minha chegada
De um dia longo, uma jornada
Estou cansado, acabado e sujo
Com sede daquele docinho
Que só encontro no teu beijo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Saudade assassina

A saudade chega intensa
Tão grande e esmagadora
Essa nobre matadora
Tornando a noite tensa


Como se você ainda estivesse
Do meu lado me acariciando
Eu agora faço essa prece
Deixe-me seguir te amando


Oh, saudade assassina
Lembrar-te é minha sina
Fico taquicardico e apagado
Olhando esperanças por outro lado


Isso só vai se saciar
Quando de novo eu te abraçar
Beijar seus olhos brilhantes
Te dar o mundo e seus diamantes

terça-feira, 8 de março de 2011

Dona Morte e eu

Dona Morte, vem cá e me dá um beijo
Quero que você simplesmente sorria
Por tempos tens esse desejo 
Tente isso neste inusitado dia


Vítima das circunstâncias que é
Tu tens algo que me acalma
Acenderei teu calor e nisso tenho fé
No fim, serás dona da minha alma


Morte, minha querida, me abraça
Seja lá o que tenha que fazer, faça
Só não fuja deste dia que quero te dar
Um dia para você poder rir e amar


Descansa de teu trabalho duro
Solta essa foice e me segure forte
Estou aqui te esperando nesse muro
Que divide a vida da morte

domingo, 6 de março de 2011

Anjo encarnado

Quero te levar pra um parque bonito
Fazer, contigo, um instante infinito
Balançar com você nesse momento
Como as árvores são ao vento


Ah, como me sinto tão amado
E com teu sorriso, rolar no gramado
Só percebo teu calor nessa proeza
E o tempo congelado na tua beleza


Respire fundo, sinta meu aroma
Estremece e quase te deixa em coma
Paralise-me com sua voz a cantar
Tu consegues, é só experimentar


Sinto que és um anjo encarnado
Me faz ficar totalmente rodeado
De pureza aqui na natureza
Finalmente não vivo mais na incerteza




PS: Parcialmente inspirado em situações, vivências, memórias e atualidades.

sábado, 5 de março de 2011

Nova folha em branco

Desesperado e inconformado ele chorava
Mal sabia ele, que não a amava
Simplesmente se satisfazia
Com a alegria que lhe era dada
Pela pobre mulher, agora arrasada

E isso ele chamava de amor
Que se tornou seu terror, horror, pavor!!
Sentimentos de culpa...
Aquele aperto no peito, 

O pranto que não cessava,
Uma dor que não acabava

Deixaste que a vida lhe desse a melhor das lições

Aquela que aprendi tarde de mais...
Hoje ainda sou o mesmo,

Amanhã serei uma pessoa melhor
E, com isso, eu estarei contente.

Para mim será suficiente.

O futuro não tem destino

Não tem nada!!!
Uma folha em branco

Totalmente apagada!
Pronta para receber
Novos versos do meu ser

Novos olhos para admirar
O futuro é pra se sonhar...

Vento da boa esperança



Hoje o vento me trouxe esperança
Com as folhas do outono, numa dança
Soprando contos de um futuro lindo
Que perpetuam pelos anos eternos
Então vejo que teu amor é grande
É vivo e cheio de alegria
Ele sai correndo e me abraça
Antes mesmo que enconstes em mim
Agora vem, sorrateira, a garoa
Dizendo pra eu ficar numa boa
E que essa maré não está à toa
Faz parte de uma demonstração
Uma ação de carinho incondicional
Livrando meu coração daquele mal
Que está ficando para trás na história
Uma neblina densa na memória


Agora anoitece e estou aguardando
Aquele sinal que vem só de você
Pra eu sair rapido e navegando
No oceano profundo da tua vida
Minha doce e amada querida!
A linda estrela que no infinito brilha
É minha guia para tua ilha
E continuo a navegar
Até teu tesouro eu encontrar


Não se acorrente nessa inconstância
De momentos sem importância
Incertezas fatais
Zumbindo em seu ouvido
Uma vida cheia de perigo
Sai e foge aqui do meu lado
Tudo bem, eu ainda sei
Que sou um tanto quadrado
Imperfeito namorado
Bem dizer, um total insano
E um tanto quanto descontrolado
Mas o que vejo é ali fora
O vento continua a soprar
Ensinando-me segredos do mundo
Pra eu poder te amar
Pra eu me doar
Pra sempre
Pra você

sexta-feira, 4 de março de 2011

Maldito Pernilongo!!!

Criatura do fundo do poço
Por que escolhes meu pescoço?
Vieste do final do inferno
Pra me fazer infeliz até no inverno


Sua nojeira, sua escória
Deixou em mim tua memória
Nessa noite sem meu sono
E vai coçar ate o outono


Morre, terrível desgraça
Some da minha praça
Vá lá sugar teu papai
Saia daqui agora, sai!!


Não cante em meu ouvido
Me deixa em paz, desapareça!
Te darei um tapa doído

Agora fico quieto, tranqüilo
e que minha cabeça adormeça!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Vem minha gatinha

Vem gatinha que a noite é nossa
Saia desse bueiro, dessa fossa
Aqui do telhado a noite é bela
Caminha junto nessa passarela


Vem pra cá e mia comigo
Nessa noite sem perigo
Você vai se apaixonar
E com certeza ronronar


Use seu equilíbrio e firmeza
Salte confiante e com destreza
Esfrege-se em mim, linda gatinha
Faça-me louco com tua beleza


Procurando o amor infinito
Vejo que tu olhas a estrela
Um sopro de sorriso bonito


Já estou cansado de tanto andar
Com a escuridão a me assombrar
Suplico meu desejo de tê-la


Formosa gatinha linda
Me encanta nessa noite fria
Que no telhado o canto se cria


Torna o gelo dessa noite atrevida
O vapor pra acabar com a agonia
De viver num mundo amargo


Vem e mia bem juntinho
Que vou te mostrar o caminho
Da felicidade e da fartura


Bem diz meu amigo, o cão
Que não quero só uma aventura
Quero te trazer para perto
E mostrar toda essa ternura
Vinda do meu coracão
Miau!

quarta-feira, 2 de março de 2011

O mundo e o bem

Nesse mundo cheio do mudança
Deve haver alguma esperança
Pra lutar contra todo esse mal
Que te morde constantemente
Como um terrível animal
Deixa que a maldade se refrata
Passa, bate, rebate e fica fraca
Passa, deixa a calma entrar na praça
Não deixa o pranto tomar conta
Dessa alegria que se desmonta
Assassina agora essa memória
Que te faz sentir como a escória
Não escute o sussuro do mal
Só te traz frio e solidão
Uma caverna para o coração
Agora vem e sorri comigo nessa dança
Vem transbordar de linda esperança
Escuto as folhas lhe dizerem
Que te querem sorrindo e sonhando
Uma insanidade de alegria
Vindo direto de minha alma
Quente, vivo, acolhedor e eterno
Meu desejo de te ver calma
Para pular, viver e saltitar
Cante essa melodia de alegria
E espante essa maldita tortura
Que te fecha numa apertada gaiola
Te pendura na amargura
E te obriga a pedir esmola
"Ei, me dá um pouco de felicidade?"
Isso sim, é muita maldade
Esquece toda essa falsidade
E tece as teias da alegria
Comigo girando igual a aranha
Que enlouquecida só rodopia
Simplesmente uma façanha
Pra tecer seus melhores sentimentos
E deixar só os lindos momentos!


Nota: Feito para contrariar os versos tristes de uma senhorita que compõe linhas de Sentimentos, caneta e papel: O mundo e o mal.


Espero que gostem...

terça-feira, 1 de março de 2011

Insanidade Nº1: ?!?!? Não leia, estou avisando!

Seja esperto como a água, como o fogo que se apaga.
Adapte-se, queime, mude, exploda, reconstrua, se ajude.
Corra para as colinas se necessário! Não fique se escondendo atrás do armário!

Se for preciso conheça até aquele cujo nome assusta as pessoas.
Até aquele monstro pode ter algo de bom pra te dizer.
Limpe sua mente, apenas sinta e ouça o que o mundo te transmite.
Sinta o ar, sinta o calor, sinta o Sol, a Terra, sinta o amor!
Não se esqueça da dor, do cansaço e do estresse. Também fazem parte de você
e já que não pode se livrar deles, seja amigo deles, curta-os, mas só um pouquinho!!!

Ande pelado, dê cambalhotas, se olhe no espelho e dê risada!
"HA HA HA, mas que piada!"

Surte um pouco, leia coisas *insanas e também coisas bacanas.
Converse com seu cão, seu cactus, seu bonsai, seu computador, seu apontador
e não esqueça do papel higiênico que nunca te deixo na mão!
Tente enxergar o infinito. O céu não é só ali, é mais pra lá, mais, mais!!! Bem mais do que você imagina
O mundo frita, ferve, explode, flutua, se reconstrói e se ajuda também. Por que você não o faz?

Siga em frente, arranque um dente. Saia pra folia, mas mantenha-se consciente.
A vida não te espera nem te avisa. Ela simplesmente saltita e sai correndo igualzinho o papa-léguas do desenho!
Compre um bolo, mas não coma ele, apenas o observe e tente fazer um igual! Se conseguir, coma os dois. Não guarde pra depois.

Se acalme, entre em harmonia, sinta os tons e sinta a sinfonia que as folhas sussurram pra você.
Toque a terra e sinta toda essa paixão que o mundo te dá sem pedir nada em troca.

Seja uma história sem fim, apesar de você saber que terá um fim, mas, enfim... Faça algo pra valer a pena passar por toda essa explosão, essa perda da antena que te conecta ao mundo. Não fiquei como o sofrido besourinho, de pernas pro ar sem poder se virar!


Leiaalgoquenãotemespaçonempontuaçãopraversevocêficadoidão!
ou irritado?
Se não der certo, simplesmente vá almoçar mesmo se estiver de noite. Almoce de noite! Qual o problema?
Compre fita adesiva e grude no seu cabelo. Seria legal. Eu acharia, pois não é em mim mesmo!!

E a insanidade domina este lugar agora, como os cachos de cabelo sujo de amora.
Não pare de correr enquanto lê, pra não nascer o bebê.
Pare de ler agora, pois acabou!