quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Entregue

Estou entregue
Como um cego ao seu cão guia,
como um pirata à sua sereia,

como um homem à sua mulher


E de formas intensas nos enrolamos
Esfregamos como o mar faz na areia da praia
Arrastamos como um caracol na sua folhinha

Até encontrar boca com boca
E em um nó de abraço, perder a linha



Olhos que despem sem toque
No teu corpo um choque
Escorre até os pés que não tocam mais o chão
Estão a flutuar num prazer sem ilusão



Tece teias de vontade com tuas unhas
em meu corpo que te aguarda, todo teu
funde seu corpo no meu 
e na falta de cordas e fitas
nos amarramos com os próprios pijamas

2 comentários:

  1. Sensacional!!!!! Como eu já disse! Adorei o misto de romantismo, meiguice e perdição...Muito gracioso!

    Parabéns querido poeta!!! ^^

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  2. Eu quis te dizer alguma coisa.
    Não deu, vagou... perdeu-se em mim.

    Fez-se um nó que não desato.

    Onde estou que não reajo,
    que não busco em tua luz
    o meu antídoto

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