segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu e meu martelo



Nasci da terra e da pedra
Sou um bravo guerreiro
Meu martelo maltrata
Os ossos de meus inimigos
Ouço os sonoros estalidos
E sinto seu desespero
Destruo todos em meu caminho
Te jogo longe, te esmago
Um golpe na cabeça
E vejo tudo acabado
Urro minha vitória
Para guardar este medo
Pra sempre na tua memória
Saia correndo, fuja daqui 
A colina te espera logo ali
Seu covarde coração treme
Como um desesperado bode
Que amanhã será minha refeição
Amanhece e como o bode inteiro
Sou grande, pesado e baderneiro
Peço uma cerveja na taverna
Duas, três, quatro, vinte!
Ainda estou sóbrio e rápido
Ladrão que me rouba
Vira meu cardápio
Esmago, quebro, retorço
Entrego para os guardas
Sem nenhum esforço!
Ainda me agradecem e me pagam
A conta gigante da taverna
Saio e vejo o luar lá fora
Lembro dos tempos de outrora
Acalmo meus ânimos pra ir embora
Devolta pra terra e pra pedra
Onde nasci e agora descanso

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