domingo, 31 de agosto de 2025

Ideia difusa

De luz tu és 
Da cabeça aos pés 
De amor tu vives 
Anjo, talvez?

Olhar para o lado
Pensamento afiado
Sorriso discreto 
Muito afeto!

Faro aguçado 
Fareja incessante 
O sabor do seu
Prezado amado

Toque rosado
Lagoa encharcada
Boca macia
Estás enamorada?

Mente confusa
Ideia difusa
Precisa que ensine
Como se parafusa

Entrega da alma
Foi com calma
Mas fugiu sem alarde
Agora será tarde?

No peito, carinho
Quente, gentil
Com a vontade a mil
Para criar um ninho




terça-feira, 26 de agosto de 2025

Ficção

Só quero que tudo acabe
Que o mundo inteiro desabe
Mas e você?
Você sabe?

Que eu tinha muita alegria?
Que meu coração feliz batia?
Mas não pude manter
Sabe por quê?

Pois dentro de mim não há nada
É um vazio, um poço, uma cilada
Não tenho nem bateria própria
Roubo diretamente sua energia

Então só quero que acabe
Você sabe?
De tudo que nesse mundo fiz
Você foi a melhor atriz
Foi o melhor filme
Pura ficção com notas de ciúme

Vazio, tristeza, incerteza
Quando verei com clareza??
Nunca, eu sei...
Desabei...

Sucesso no cinema
Resultado de um enema
Que sujou toda a cena
Uma pena

Só quero que acabe
Que o mundo desabe
Você sabe?
Me ajude!





quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Eu sei...

Eu sei que você lê
Eu sei que olha
Que você vê

Eu sei que está um caos
Que não mexeu nada do lugar
Que não ajeitou suas coisas
E continua albergada
Palavra essa que ficou bem marcada

De que adiantaram tuas lutas?
De que adiantaram tuas vontades?
De que adiantaram seus planos?
Que nunca funcionarão?
Ou eram só mentiras
Pra me causar confusão?

Está tudo largado, jogado
Como quando te conheci
Está tudo petrificado
Bom, pelo menos eu amadureci

"Eu preciso", "eu preciso" e "eu preciso"
Sempre precisando de tudo
Mas mesmo tendo tudo o que queria
Está à deriva e não na calmaria

Projetos cantados ao vento
Mentiras para si mesma
Não tem nenhum talento
É de fato uma lesma

Sua força vem do brilho dos outros
Daquele que te olha e te mostra a vida
Que se esforça em te dar
Tudo o que tem
Para você não afundar

Você não tem brilho
Como disse que tinha
você não voa
Como disse que gostaria

És um sofrimento eterno
Na sua mente doentia

Luta com o passado o tempo todo
O traz à tona para justificar seu lodo
Insiste em lutar, lutar e lutar
Isso nunca vai acabar

Já não é mais peso meu
Fiz de tudo por ti
Perdi minha fé em você
Virei até ateu
Pois eras minha deusa

Agora jaz deplorável
Mente e corpo instável
Uma sacola de lixo
Que nunca se esvazia
Parece que enfim
Está no seu nicho:
Um aterro sanitário.

Qual sua próxima vítima?
Já até imagino uma ou duas pessoas
Vai causar caos na vida deles também?
Sem destruição você não se mantém.

Você é fraca, covarde e destruidora
Você é insegura e controladora
Você é uma criança mimada
Que vive amedrontada

Vil é sua índole
Sem caráter algum
Se aproveita de regras
Para destruir aquele um

Enfim, caótica escavadeira
Fez o buraco de sua cova
Achou que a vida era brincadeira
Que bom! Não mais me estorva

Fique com um recado
Daquele por quem teu coração
Já foi amado:
Desapareça, ser vil do pecado
Não és bem-vinda
Alimente-se no inferno de onde veio
Com o pão que o diabo amassou
De centeio



domingo, 27 de julho de 2025

Sincericídio!!!

Vejo um som mole
Que dança no seu molejo
Que saboreia pontudo
Que cala e faz mudo

E de canto do olho
Jaz teu corpo de molho
Com afinco na tristeza
Certeza, não brinco!

Tuas sensações me permeiam
Anseiam minhas emoções
Que se passe e seja apenas
Um pesadelo com antenas

E no amargo sinto uma oitava
Daquelas tristes, como aspargo
Juro que eu tentava
Não merecer um embargo

E do dó se dá a dor
Sempre presente
Junto com meu amor
Semente do pavor

E do ré nós podíamos regredir?
Quem sabe retornar e não agredir?
Quem sabe lutar e nunca partir?

E do Mi se faz o que senti
Nada te omiti
Sincericídio!!!

Tolo, sem sensatez
Não tive tato
Ao tocar seu peito
nem sua tez



sexta-feira, 25 de julho de 2025

Meu Dente Se Foi

O cheiro vai embora
Enquanto isso ela treme
Chora

Memória apagada
No termo da força 
Era bela sua amada

Sintonia assíncrona
Dissonância fadada
Ao desastre que engana

Está certo ou errado?
Ambos como côcos ralados
Pedaços e crocância 
Espalhados
Na verdade da ignorância 

Aquilo que aqui fica
Aperta o peito, palpita
Desajeitada mente
A mente mente

E você saí extasiado 
E contente
Como uma criança 
Que perdeu seu dente.




segunda-feira, 21 de julho de 2025

Vinho Que Escorre

Do vinho se faz o sorriso
Devoto, falso e liso
Escorrega pela face
No chão desfalece

E o álcool que fica 
Embriaga
E assim magnifica
nossa cagada

Palavras bonitas e apoios
Já não tecem mais o que foi
Trazem hoje comboios
De traumas em carros de boi

Sangra e acha que é vinho
Escorre e pensa que é whisky 
Mas era dor que enganava
Por estar de coração vazio
Permanecendo triste



sábado, 19 de julho de 2025

Sou Um Limão

Dentre passos, barcos e paisagens
Dentre trocas de mensagens
Um susto,
Perfeito busto!

Com vontade, a comilança 
Fome?
Ou desejo de uma dança?

Tem tumulto, tem barulho
Tem na mente muito entulho
Desencontrados
Sem abraço 
Sem sensação de serem amados

Em um penúltimo ato
Encontro-me num fato
Descobri quase de antemão 
Que sou um limão!!!