quinta-feira, 26 de junho de 2025

Cheiro Que Gruda

Sempre tem um traço
Um leve aroma no abraço
E quando da rua chego
Espero teu aconchego

O odor que se espalha
comida pronta?
Sobra só migalha

Cheiro que gruda
É leve e é forte
Te faz muda
Mesmo que se importe

E o sono vem
O aconchego também
cansaço!
Termina caprichado
em um singelo abraço




quinta-feira, 19 de junho de 2025

Um Bolo Quentinho

Um bolo quentinho
Meu e teu, gostosinho
Com amor e carinho
Sente só o cheirinho!

-Mas pode comer?
-Não dá, só ver!
-Mas quero um pedaço
-Não pode, serve abraço?

E pra festa ele vai
Saboroso nos atrai
Todos saboreiam
E felizes o anseiam

-Será que vai sobrar?
-Aí vamos guardar?
-Leva pra viagem!
-Boa ideia, cerebrinho selvagem!




Obrigado, Afofadora de Neurônios!

sábado, 14 de junho de 2025

Gole de Café

É aquilo que é
È um gole de café
Os olhos arregalam
FOCO!
Nem escuto o que falam

Mais um pouquinho
Que até me dá choque
Ao contrário do vinho
Que me deixa torpe

Líquido escurecido
Sagrado e querido
Não desgrudo de ti
Nem pra dormir

Depois é só acordar
E mais um bule coar
Rotina renovada
Olheira arregalada

E o cansaço se oculta
Deus logo me dará multa
De tanto exagerar
No que só devia degustar



sexta-feira, 13 de junho de 2025

Uma Súcubo

Em você agora eu vejo
O que foi oculto por um beijo
A verdade escancarada
A súcubo desmascarada

O que eu sentia era real
Era um ser vil
Me fazendo mal

O que eu recebi foi mentira
Para enlouquecer
E parecer que era minha pira

Em você agora eu vejo
Um ser vazio
Que só tem desejo
De saciar seu cio

Você busca admiração
Busca sedução
Busca suprimentos infinitos
Dos homens que 
Ao seu arredor, ficam aflitos

E vai enlouquecendo um por um
E os culpa por terem sentimento
E os abandona ao relento
E esvai toda a alegria e o amor de dentro

Seca-os como uma sanguessuga
Depois os alimenta com migalhas
Os condiciona para as suas falhas
Depois novamente segue em fuga

Foge e os deixa sem entender
Era comprometimento seu!
Mas você não se compromete
Nada do que faz faz sentido
Agir e falar não coincidem

Realmente você é o que você é
Uma súcubo
Sem caráter e sem fé.




terça-feira, 3 de junho de 2025

Alma Corroída

Ainda há tempo de perceber
O que você não quer
Pois sabe que vai doer

Ainda há tempo de se salvar
Não feche seus olhos
Praquilo que vai te aniquilar

Tempo é o que você não tem
Perdendo-se com o que não convém
Insistindo em enfrentar a morte
Que te suga. Você era forte!

Ficou sem vida
Alma corroída
Membros ressecados
Já foram um dia
Encantados.







segunda-feira, 2 de junho de 2025

Farfalhares

Olhe, ouça com os olhos
O balanço nas alturas
Que no céu faz ranhuras
Que cria portifólios

Sinta, olhe com o tato
O vento pacato
Bufando carícias 
Sem malícias 

Ouça o silêncio e o farfalhar
Impossível não agradar
Momento de paz
Da mente tenaz


Obrigado, afofadora de neurônios!