quinta-feira, 29 de maio de 2025

Que acabe....

Que acabe essa dor
Essa agonia gigante
causada por um amor
de mentira, doente

Que acabe esse sentimento
Que deixa preso naquele momento
Em círculos sofrendo
Já estou morrendo...

Sufocado, afogado, mal tratado
Isolado, negligenciado, acabado
Que acabe esse horror
Não aguento mais tanta dor

E a injustiça é soberana
É isso que você faz com quem se ama?
Tua tortura preferida
Tratamento de silêncio judicial
Pois sabe que é o que mais me causa ferida

Que acabe minha vida
Estou cansado...
Minha querida...
Por ti nunca fui amado

Que acabe tudo...
Estou cansado...
Sofrendo mudo
Desolado.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Quanto custa?

Quanto custa
A nossa necessidade 
Que parece vaidade
De saber se a vida é justa?

Quanto custa o tempo
Gasto ao próprio contento
Pra satisfazer o gosto
De se exibir e ser exposto?

Quanto custa o amor
Que queremos tanto 
Que confundimos com dor
E nos deixa ao pranto?

Quando custa a paz?
Essa não custa nada
Pois, para isso
De tudo você se desfaz.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Obrigado!

Por um acolhimento
Por um simples momento
Obrigado!

Por um gesto bonito
Por acalmar o aflito
Obrigado!

Por se dispor
Por dar amor
Obrigado!

Obrigado!

terça-feira, 13 de maio de 2025

Alma Roubada

Me devolva, criatura vil
Retorne ela para mim!
A minha alma roubada!
Doentia criatura alada
Saia desse covil!

Me tortura como queres
se disfarçando de mulheres
Saia do seu covil
Volte para aquilo que te pariu
O inferno!

Deixe minha alma em paz
não torture mais esse rapaz
Mas, de tão enganado, eu fico pensando
Ainda em dúvidas se estou te amando

Penso que se anjos caem
Será que demônios sobem?
Imagino absurdos acontecerem
Para alimentar a minha falta
de ter suas garras a me esviscerarem

Agora devolva! Estou me tornando forte
Não serás mais páreo pra alguém do meu porte
Te destruirei sem te tocar
Apagando dentro de mim
O que achei que era te amar.

Me tornei guerreiro, invulnerável
Destruidor de demônios venerável
Arrancar-te-ei o que me tirou
Te deixarei pálido e eterno
Sem meu coração que te amou
e que enlouqueça nesse seu inferno.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Narcisismo!

Vivo em uma bolha
Dentro de um aquário
No chão uma folha
A olho....
Mas continuo um otário

Cuspo palavras e dor
Sofro loucuras de amor
Visto a pele de quem ama
Só pra te ter em minha cama

Projeto de pura projeção
Digo que esse é meu jeitão
Então aceite!
Se deleite!

Mas eu minto, é tudo falso
Fico à espreita, no seu encalço
Você me vê mas nego que lá estive
Em que mundo mesmo você vive?

Sinto que sente o terror
Amor? Que nada, fulgor!
Para me iluminar
Pois preciso ser o centro
Pra você sempre me amar

Eu te possuo, mas não te digo
Pra mim és meu maior inimigo
Me infiltro e te afago
Um espião eu sou
E só te faço estrago

Mas cansei de brincar e te descarto
Nossa, como estou farto!
Você surta, explode e fica confusa
Compreendo, pois já foi minha musa

Agora vou me recolher e te observar
Patética, ainda tentando me amar
Sorrio de forma macabra
Deixo a porta aberta
Para que você novamente abra.