por seu sorriso incandescente
Simétrico e explandescente
Fazendo-me escravo obediente
Eu te odeio por seu tom de voz
Que varia com delicadeza
Ao correr por meus ouvidos
Afinada ao som da certeza
Eu odeio seus olhos
Tão sagazes e puxadinhos
Tão profundos e delicadinhos
Que me atacam com sensualidade
Que me abraçam com serenidade
Também odeio sua mente
Que brinca com a minha
Que nos faz cócegas nos cérebros
Deformando nossas faces
Em formato de alegria
E odeio sua forma
Que me atrai cego
E apenas pelo tato
Já quero teu contato
Por último odeio seu coração
Impenetrável fanfarrão
Não me deixa ficar nem partir
Ele me prende na porta de entrada
Deixando-me a passar vontade
Observando essa minha amada
Que me mantém pela metade
Odeio te odiar tanto
Pois você sabe que meu canto
É pra te atrair pro meu ninho
Um encantado passarinho
Suplicando seu amor e carinho.
Se me fizeres parar
Com essa mania de odiar
Então para sempre serei
Seu coração alado
seu homem, seu rei
No infinito ao seu lado
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