Criatura sanguinária e vil
Toma minha essência
Na última gota vou à falência
E sou arrastado pro seu covil
Lá você me ressuscita
Seu sangue na minha boca
Uma doce e envenenada gota
E meu peito de novo palpita
Sou apaixonado e cego escravo
Sigo suas ordens, sou seu pupilo
Uma estaca em quem se opõe eu cravo
Mas não tema, depois fico tranqüilo
Peço mais doses daquele veneno
Que me torna gigante e pequeno
É viciante, é necessidade, é minha vida
Sou seu servo, minha vermelha margarida
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