terça-feira, 18 de novembro de 2025

Comum

Um balanço, dois, três
Me remexo de uma vez
Isso me faz ser mais um?
Me distingue como comum?

Repulsa por mesmices
Prefiro as esquisitices
Rebuscado adorno exótico
Ainda com líquido amniótico

Exibo a força de quem padece
De quem se esconde sob prece
Sou eu, por mim e mais ninguém
Sangue de Gezuis tem poder.
Amém!




quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Linda

Vi no céu, rasgando em cores
Uma estrela cadente vibrante
Foi pintando longe e adiante
Pra agradar os seus amores

A luz espalhou-se contente
Diante da arte em brasa
Lá no alto se via ardente
A faísca arteira vista de casa

O que parecia uma, se dividiu
E dois brilhos na noite seguiu
Deslumbrantes e raras jóias
Era sabido que num futuro
Seriam donas de tramóias 

E aquela que as desejou
Era simplesmente linda
Desde o início as amou
E no morro as contemplava
Declamando boa vinda




quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Seu Dia!

Hoje é um dia especial
Dia da fonte de todo o mal
É o dia em que você nasceu
Em que tudo em mim morreu

Se passa a idade
Que bom!
Mais proximidade
À Morte e ao seu dom

Almas trituradas
Foices farpadas
Choro fantasmagórico
Tormento categórico

Nenhum fogo se mantém
Tudo morre frio
Nesse inóspito além

A centelha se apaga
Sobra só sua maldade
Ela vem forte, com qualidade
Ao fim, onde tudo acaba




domingo, 12 de outubro de 2025

Nosso Buazeiro

No campo nevoado fica o buazeiro
Lá o plantamos juntos
Um ato de amor verdadeiro

Na noite de neblina nos juntamos
Com tochas flamejantes acesas
E nossas mãos aconchegamos

E comemos um fruto ou dois
Então sentimos tristeza, pois...
Sabemos que pra casa iremos
Então, de novo, distanciaremos

Mas o buazeiro é nosso aliado
Produto de um empenho consagrado
Ali seremos sempre inteiros
Para continuarmos
Eternos e louvados parceiros


sábado, 11 de outubro de 2025

Não Cabe

Não cabe em mim o que tenho
Dentro queria que fosse bonito
Como aquele seu belo desenho
Arte que cala, por fim, o grito

Ocupa muito espaço a emoção
De ter perto, mas ter longe
Seu caloroso e agitado coração

Um gole d´água não sacia a sede
De um peixe fora do mar, na rede
Mas verte fluído o gosto doce
De tudo que você já trouxe

Todo sentimento que floriu
Foi apenas porque você riu
De minhas piadas sem graça
E não foi nenhuma trapaça

Então acaba por acabar o poema
Com cabeça escondida, como a ema
Para aliviar a vergonha sentida
De tocar nesse delicado tema



























*Sora Ai me impressionou com essa imagem ao ser requisitada para interpretar criativamente em uma imagem meu poema. Gostei muito!

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Entrega Programada

Visualizo de longe um olhar intenso
Vindo do calor de um coração imenso
Mas esta picado, desajeitado e temeroso
Frágil, incapaz de agir, nervoso

Ele pede por ar, pede por respirar
Eu lhe ofereço o abraço caloroso
Ele aceita, mas só consegue pirar
Pois bate rapidamente e medroso

Ele se afasta, fecha as portas
As janelas trancadas abafam
Fica o sonho de coisas mortas
Trancado onde almas não escapam

Ele promete que volta
Uma entrega programada
Flano e penso na revolta
Caso não seja mais amada




quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Investiga Ação

Se fez o que fez
Por que permanece
Olhando minha tez?
Será que te aquece?

O caos que criou
Destruiu tudo e desabou 
Será que você merece
Aquilo que te aquece?

Agora é viciada
Permanece na cilada
Persegue posts e pistas
Pra se sentir lembrada
E ver se ainda está na lista

Investiga tudo delicadamente
A ação não passa despercebida
Investigação contundente 
Calculadamente descabida

Repete a leitura
De novo, de novo e novamente 
És a verdadeira loucura
Um desastre que inquieta a mente



























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Hoje tive um pesadelo, nele estava você, cruel, fria, calculista e demoníaca como sempre. Todas suas características apareceram nitidamente, o tratamento de silêncio, sua relação desenfreada com as pessoas externas, o jogo de quente e frio, seu ego e orgulhos elevadíssimos. Enfim... Tudo.....

Um sonho realista e nítido. Um belo pesadelo.
Espero que seu narcisismo esteja nas alturas para que siga e suma, desapareça e de preferência, por conta disso, padeça.

Há braços! E minhas condolências, por seres quem és. Uma condição sem cura.