quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Renascimento

Se refaz o forte brilho
Como um polido ladrilho
Como uma pedra preciosa
Lindo e doce sorriso
Da donzela toda formosa

Renasce o sentimento bonito
E morre aquele momento aflito
Os sorrisos se entrelaçam 
E não importa o que façam 
Sempre terão o amor

Que vem com louvor
Esse amor de quem tem
muito mais que algo aquém 

É até cheiroso
Esse sentimento gostoso
Tem sabor adocicado 
Com amêndoas
Ao chocolate embalsamado.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Serenidade

O vento venta forte
Traz presságio de morte
Mas traz também a calamaria
Há quem clame: "Ave Maria!"

Não vê o cego o que há 
Sempre ali, além da tempestade
Uma magia oculta em um tear
Tecendo as linhas da serenidade

O tolo não vê 
Fica morrendo aos poucos
Olhando para TV

O sábio chora
Pois sabe das bobagens
Que fez outrora

No fim quem busca calamidade
Se depara com serenidade 
Pois é isso que é cultivado 
Dentro de mim
para amar e ser amado

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O que fizemos?

Onde está? Cadê?
Por favor, ache, me dê!
Devolva ao seu rosto
Aquele sorriso com gosto

Você perdeu ou eu perdi?
O que foi que fizemos aqui?
Quero te devolver
Mas comigo não está 
Precisará desenvolver

Por que não os achamos?
Os sorrisos que amamos
Estão enterrados ali dentro
Em nós.

Os sorrisos vem da gente
De nossas essências 
Criando um canto quente 
Aconchegando
Nossas existências.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Fim de Semana Sincero

Um fim de semana sincero 
Pintado de azul, verde e amarelo
Requintado com geladuras naturais
Me pego pensando: quero mais

De um dia ao outro resplandece
Abre o peito e com carinho aquece
E vai dançando sem jeito e ritmo
Está tudo bem, está ótimo

Mas quando a verdade aparece
É como um anjo com sua prece
Recitando fatos e futuros reais
Me pego falando: quero mais

No final após a dor
Fica sobrando somente amor
Leve, carinhoso e saudável 
Para um caminho mais estável.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Uma luz no horizonte

Lá na distância, meio longe
Vejo um aspirante à monge
Vejo a luz que tarda a aparecer
Mas que permite tudo renascer

Uma luz no horizonte 
Te bate suave na fronte
Finalmente um calor
Quentinho senso de amor

Da luz me aproximo 
Cauteloso e com medo
Com movimento fino
Eu a toco muito cedo

A luz se amedronta
Foge meio tonta
Eu recuo e e peço:
Perdão, eu mereço

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Eu não merecia...

 Eu não merecia....
Eu não merecia....

Eu era um anjo, um santo, um amor, um querido
Um homem exemplar e de cabelo comprido

Eu não merecia...

E quando encosto em sua pele macia
Vejo tudo aquilo
Vejo o outro, o intruso
Que deixaste invadir nossa vida feliz.

Eu não merecia...

Por que fez isso conosco?
Eu não era o suficiente?
Eu era tosco?
Por que fez isso com a gente?

Eu não merecia...

A sua raiva depois de minha dor...
A omissão e a culpa toda em mim
O desvio da responsabilidade 
O egocentrismo absoluto...

Eu era feliz contigo...
Eu era teu amor e teu amigo...
Agora embora eu lute 
A verdade vem como um chute...

Mas eu continuo lutando 
E fazer isso parece que está me matando

Como quero apagar tudo isso
E deixar de ter meu amor omisso.
Como quero poder esquecer
Mas COMO? COMO isso poderei fazer??????

Eu não merecia seu desprezo
Por algo que não era coeso 

Desvirtuado era o julgamento 
Desviando de tudo
e me culpando ao seu contento 

Eu não merecia....

Por que fez isso comigo?
Seu amante, seu amigo...

Me tratou com desprezo
Como se fosse um inimigo.

Por quê??? Por quê???!?!?!!
Não sei mais o que fazer!!!!

Dói profundamente 
Destrói minha mente
Abre meu peito 
E rasga tudo com desrespeito 

Foi deliberadamente calculado 
Para me deixar destruído e machucado
Agora permaneço caído 
Como um anjo que perdeu as asas

Eu não merecia!!!!!!!!!

Quero voar para meu paraíso 
Onde posso de novo ter um sorriso
Quero esquecer dessa dor
Quero teu amor....

Mas eu não merecia!!!!!!

E isso não sai da minha mente!
Nem da tua pele macia.

Eu fui traído
Dilacerado e destruído.

E só sei que eu não merecia...
Eu apenas não merecia.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

O Vazio

Nunca senti antes
Tanta vacuidade
Parecem implantes 
De pura maldade

Maligno e frio
É o Vazio 
E sim, ele enche
Por completo te preenche 

Não sobra nada
Nem sua amada
Nem lucidez 
Nem estupidez

Mas não permanece
Se vai com uma prece
Libera o espaço 
Para acolher seu amor
Num carinhoso abraço